quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Os tempos idos


Já ouviram alguém falar que a melhor época da vida é a infância? Eu concordo plenamente. Aquela época onde não havia preocupações, trabalho e boletos pra pagar. Nós só tínhamos que estudar e tirar boas notas, a parte chata era ter que acordar cedo pra ir pra escola, nunca gostei de acordar cedo, mas depois de voltar pra casa, almoçar e tomar banho, dava pra tirar um bom cochilo, fazer alguma tarefa de casa e brincar! Ah sim! Eu adorava ver "O sítio do pica-pau amarelo" que começava todos os dias bem na hora que eu chegava em casa, como lá em casa não tinha TV porque papai não queria, segundo ele "TV é coisa do diabo", eu ia ver na casa da amiga vizinha. E eu cheguei a reclamar desta vida boa! Mal sabia eu que quando a gente vira adulto a vida é pra valer e não tem volta, vamos sempre em frente, só resta lembrar dos tempos idos.


Eu estudava numa escola de freiras no centro da cidade, hoje este colégio não existe mais, há outra instituição de ensino no lugar, e embora minha família não seja da religião católica, éramos evangélicos, nunca houve problema com relação a isso. Quando tinha uma missa com os alunos eu ficava quieta só assistindo. Mas por que o colégio não existe mais? Porque descobriram que alguém estaria surrupiando dinheiro da escola! Com a diminuição do número de alunos e cheio de dívidas o colégio fechou em 2012, foi a primeira escola particular aqui de Natal. Mas o colégio será assunto pra outro post.


Minhas matérias preferidas: biologia e história. As matérias boas: geografia e português. As matérias péssimas: matemática e física. Era difícil passar de ano em matemática. Eu só tirava 10 em biologia e história e pensava em fazer faculdade de história, tinha um sonho fantasioso de ser arqueóloga, pois desde aquela época era fascinada pelo Egito e suas múmias e pirâmides. Mas tinha a biologia, o mais perto que eu podia chegar na época das ciências da saúde, uma área bem mais viável pra mim. Então, num futuro bem próximo dos anos 1980 eu escolhi fazer vestibular pra Fármacia/bioquímica porque o curso de biologia só tinha a perspectiva de ser professora, e não, eu não queria ensinar. Passei no vestibular, terminei o curso e fiz concurso. Passei no concurso e fui trabalhar no interior, depois vim pra capital onde estou até hoje. Minha vida é bem estável, não houve grandes mudanças desde então. E pelo que vejo, só ganhando sozinha na megasena me faria ter uma mudança radical de vida. Graças a Deus que sou independente e sim, eu vivo bem, graças a Deus, de novo!


PS: " O sítio do pica-pau amarelo" é uma obra de Monteiro Lobato adaptada para seriado de televisão.


E você? Também acha a infância a melhor época da vida? Quais eram suas matérias preferidas na escola? 



Beijos nas bochechas!


terça-feira, 23 de agosto de 2022

O relógio cuco



O relógio que conhecemos hoje, seja de parede ou de pulso, só chegou a esse estágio graças aos seus antecessores, aqueles feitos de madeira, movidos à corda e com detalhes bem peculiares. Aposto que nesse momento você se lembrou do relógio cuco, não é mesmo? Esse é um modelo bem conhecido, tanto pelo som característico, quanto pela personalização tradicional. Descubra agora toda a história do relógio cuco e por que ele ficou conhecido mundialmente!

Os relógios cuco surgiram na Alemanha por volta do século XVII, em uma região chamada floresta negra. A construção desses artefatos não era feita a toda hora e em grandes quantidades. Era no frio que lenhadores, artesãos e outros trabalhadores construíam seus relógios para conseguirem uma pequena renda extra no verão, quando saíam pela Europa para venderem seus produtos.

Foi então que um artesão, ao escutar os pássaros nativos da Floresta Negra (ou da região), pensou em combinar a utilidade do relógio com um tom pra lá de especial, dando origem ao que seria o primórdio do relógio cuco. Esse artesão se chama Franz Anton Ketterer, e foi no ano de 1750 que ele fez adaptações ao relógio da época deixando-o com o formato de relógio cuco. Para isso, ele incrementou dois foles (utensílio que produz vento) ao relógio, de forma que, ao completar o ciclo de uma hora, o artefato produzisse dois sons diferentes, um grave e outro agudo.

Inicialmente, o relógio feito por Ketterer não fora feito para ficar parecido com o pássaro cuco. Somente no século XIX que o famoso pássaro foi incrementado ao relógio devido à semelhança do canto do animal ao som produzido pelos foles. Além disso, com o passar do tempo, os próprios artesãos que deram continuidade à ideia de Ketterer iam refinando o objeto, retratando cenas do cotidiano ou objetos comuns da época, como troféus de animais, casas feitas de madeira ou os próprios trabalhadores daquele período.

Atualmente, o relógio cuco se tornou um souvenir muito almejado por turistas do mundo todo. Muitas pessoas viajam à floresta negra somente para obterem um exemplar do relógio ou visitam o museu do relógio na Alemanha ao menos para ver o objeto de perto.

Os artefatos ainda são produzidos respeitando os modelos primordiais, construídos, em sua maioria, à base de carvalho e com a mesma tecnologia do século XVII, com a diferença de serem moldados em bronze para que as peças metálicas não enferrujem com o passar do tempo.

Além do mais, os relógios cuco atuais fazem uma série de movimentos variados e outras animações, mas nunca perdem o seu toque especial: o famoso pássaro-cuco que sai a cada hora para cantar de forma única e memorável.

O relógio cuco se tornou um marco na história por ser um dos relógios mais conhecidos mundialmente, seja pelo seu som característico ou por toda a atmosfera que o circunda. Afinal, um relógio que perdura por séculos deve ser, no mínimo, tratado com respeito, até mesmo por aqueles que não são fascinados por relojoaria. (Fonte: Net)


Eu já vi um relógio cuco funcionando, é realmente encantador! E vocês, já viram também? O vídeo acima mostra justamente isso, confira!

Beijos nas bochechas!

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