Sete fatos casuais de minha vida
1-Quando era pequena, não me lembro a idade exata, mas tinha menos de 10 anos, ganhei um conjunto de lápis de cor. Fiquei com muita vontade de usar, claro, mas vejam só, em vez de usar num papel, pintei as paredes da sala! Desenhei e pintei bonecas, paisagens, enfim fiz um verdadeiro papel de parede! Pense na surra de chinela que eu levei!
2-Lá em casa tinha um tanque de água no chão, que era coberto com duas tábuas pregadas com pregos. Tinha chovido muito e as tábuas que já não eram novas, estavam em estado precário. Eu brincava muito por ali e minha mãe já tinha me avisado pra não pisar em cima das tábuas. Mas no melhor da brincadeira acabei pisando nelas sem querer e caí dentro do tanque! Ficou uma perna em cima e outra em baixo. Hoje fico pensando como não quebrei a perna. Fiquei apenas bastante dolorida e com marcas dos pregos que riscaram minha coxa direita.
3-Eu estudava numa escola chamada "Sete de Setembro", onde fiz o primário. Inclusive desfilei uma vez na parada militar. Nesta escola falava-se de um esqueleto dentro de um armário. O tal armário ficava em uma sala que quase ninguém entrava e o medo era tão grande que todo mundo evitava passar por lá. Um dia papai demorou a vir me buscar, não me lembro o que aconteceu pra ele demorar, e como naquela época celular era coisa de cientista louco, eu me sentei na escadaria que ficava em frente a saída pra esperar. Uma professora passou por ali e me chamou pra ficar na sala dela. Como a sala era perto da sala do esqueleto não quis ir, ela perguntou o porque e quando eu expliquei, ela disse "Não há esqueleto no armário". E me levou na tal sala, eu suava frio, abriu o armário e nada de esqueleto. No outro dia contei pra algumas pessoas, mas teve gente que não acreditou: "O esqueleto existe apenas tiraram ele de dentro do armário".
4-Quando viajei pra Recife com minhas irmãs e sobrinha, tive a oportunidade de conhecer pela primeira vez um zoológico. Adoro animais e pra mim foi um dia especial, pois conheci vários animais e espécies que a gente só ver em livros. Claro que todos eles estariam melhor na natureza, mas que eu fiquei encantada, fiquei. De todos os animais o que mais me chamou a atenção foi o rei deles: o leão. Lá só tinha um macho, enorme por sinal, deitado em uma sombra. Parecia tranquilo, mas quando nós chegamos perto ele começou a rugir. Era um rugido alto e ao mesmo tempo profundo que se prolongou quase como um lamento. Tenho certeza que foi ouvido bem longe dali. Todo mundo parou pra ouvir e olhar. Fiquei impressionada com a força do bicho.
5-Lá estava eu tentando andar de caiaque. A lagoa de Arituba é rasa na beira e se aprofunda rapidamente a medida que se entra nela. Já encontrei peixinhos e girinos nadando por lá, mas nunca vi nenhum outro bicho além de passarinhos. Dizem que à noite os bichos vão lá tomar água. Pois bem, estava tentando manobrar o caiaque quando o vento me levou para o lado menos frequentado e mais profundo da lagoa. Não tive força suficiente pra voltar, me enchi de câimbras e entrei em pânico quando olhei pra água escura de tão profunda, nem tinha onde apoiar os remos. Fiquei paralisada. Ainda bem que o instrutor me viu e me puxou. Saí andando pela areia, nem quis tentar voltar remando.
6-Na minha formatura depois da colação de grau quando todo mundo joga o chapéu pra cima, joguei o meu também e... Não sei o que houve pois o chapéu aterrizou direto na cara de um professor. Coitado, deve ter doído. Mas não foi de propósito gente...
7-Vocês já viram uma ratazana? Pois não queiram ver. Lá em casa tínhamos um vizinho daqueles que vc pede a Deus que ele vá morar em outro lugar. Sem exagero, deixa eu explicar! O homem depois de separado resolver transformar a casa em quartos pra alugar. Começou com um primeiro andar, depois fez o segundo. Papai foi lá falar com ele pois tinha uma parede torta. A coisa toda era muito mau construída e feia de doer: um cortiço! A parede acabou caindo, graças a Deus só quebrou umas telhas. O incrível é que ele tinha licença da prefeitura e o trambolho continuou a crescer. O pessoal que morava lá jogava de tudo em cima da gente. Bem, a criatura que atendia pelo nome de Seu Zé, jogava o entulho no quintal dele. O entulho foi crescendo e virou um monte tão alto que forçou o muro que dividia nossos quintais até que este veio abaixo. Foi aí que um dia quando entrei no meu quarto encontrei uma ratazana passeando por lá. Que susto! Era quase do tamanho de um gato. Lá fomos nós armados de pedaços de pau matar o rato...O vizinho? Continua lá até hoje...
Enviado por Ane em 05/09/2007
Reeditado em 15/11/2007
Esse texto tem 13 anos, quase 14 anos! E estes fatos casuais se não me engano faziam parte de uma blogagem coletiva, já postei aqui no blog. Foi muito bom recordar cada fato outra vez.
O niver do blog tá chegando!
Beijos nas bochechas!