domingo, 23 de janeiro de 2022

Um conto em dois capítulos.

Escrito há 16 anos!

Capítulo 1

Era um fim de tarde numa cidade grande. O sol despencava no horizonte. Nuvens de chuva subiam no céu cada vez mais próximas. A noite chegou mais depressa. Inês atravessou a rua, rumo a um ponto de ônibus, aquela hora já lotado de pessoas apressadas. Inês imaginou se conseguiria um lugar no ônibus para ir sentada para casa. Suas pernas doíam, as varizes reclamavam. Para sua sorte o ônibus que sempre pegava passou quase vazio. Ela suspirou aliviada, sentando-se perto de uma janela no instante em que a chuva começou a cair. Fechou a janela e deixou-se cair numa espécie de letargia.


Inês só tinha 40 anos, mas um problema crônico de saúde fizera sua aposentadoria chegar mais cedo. Agora ela estava se despedindo da cidade grande. Voltaria para sua cidade natal, pequena mais aconchegante, situada bem pertinho do mar. O nome da cidade era de fazer sonhar: Paraíso. Lá ela tinha uma pequena casa quase a beira-mar, herança de família. Sempre que podia passava fins de semana e feriados prolongados lá. Sua irmã mais velha Inamar, morava vizinho e mantinha a casa em ordem. O pai comprara aquele terreno muitos anos atrás e construíra com as próprias mãos e alguma ajuda, as duas casas, uma para cada filha. Inamar era casada, tinha quatro filhos todos já encaminhados na vida: Levi e Lucio já casados e Laíse e Liliane as mais novas. Inês namorara muito mas se decepcionara com os homens na mesma proporção . E como prezava muito sua independência, decidira não se casar. Dos sobrinhos, Inês gostava mais de Liliane, a caçula. Liliane tinha quase a mesma fisionomia da tia, além dos meus gostos e atitudes.


Inês entra em seu pequeno apartamento cheio de caixas de papelão devido a mudança próxima. Quase todos seus pertences estavam empacotados. Vai até a varanda, a chuva tinha passado e soprava um vento frio. Lembrou que era a última noite que passava ali, amanhã se mudava.

 - Lá se vai vinte anos... - pensou ela - quantas coisas vivera ali, alegrias, tristezas... 

O telefone toca, era Liliane:

- Tia, amanhã estarei aí logo cedo. Levi e Lucio também vão. Acertou tudo com o pessoal da mudança?

- Sim, tudo certo.

- Falou com mami e papi?

- Sim, sua mãe já abriu a casa hoje e mandou Lurdinha dar uma geral lá.

- Então não se preocupe, em pouco tempo estará instalada na casa nova! - disse Liliane.

Quando Liliane desligou, Inês fez uma promessa a si mesma: 
- A partir de amanhã minha vida será realmente nova! Está na hora de fazer o que nestes anos todos não tive coragem nem tempo de fazer. Amanhã eu começo a viver de verdade!

Continua...


Espero que gostem do conto e voltem pra ver o final. Alguém já passou por esta situação da personagem? Ter oportunidade de mudar radicalmente de vida? Mudar pra você é bom ou ruim? 

Uma boa semana!
Beijos nas bochechas!


sábado, 15 de janeiro de 2022

Retrô/Vintage 5



A história do camafeu é longa já que esse tipo de joia existe desde a civilização da Ásia Ocidental, no ano 4 antes da era comum. Elas estiveram presentes nas civilizações egípcia, grega, romana e permaneceu viva por anos até os dias de hoje. Então, resistindo ao tempo e remodulando seus significados o camafeu sobrevive no mundo da moda. E, atualmente a grife Dolce & Gabbana está trazendo com força essa joia tradicionalíssima em suas coleções.

Essas joias são feitas a partir de uma técnica de entalhar rostos ou outras imagens em pedras, que podem ser pedras preciosas ou também conchas. São sobrepostas camadas em cores diferentes, criando uma peça única. Hoje em dia, esse tipo de joia é produzida a partir da ágata, do ônix, da sardônica, do coral e da concha. E também de um trabalho bem delicado de esculpir imagens consideravelmente pequenas nesses materiais. Sabe-se que os camafeus autênticos são feitos apenas na Europa em pequenas cidades de Itália e da Alemanha.

Com a popularidade, o acessório passou a ser alvo de falsificação e moldado em peças de plástico ou outros materiais. Esse não é um camafeu autêntico, afinal a parte mais interessante do camafeu são os processos detalhados e manuais para produção dessa peça única.

O camafeu já teve muitos significados ao longo da história, eles já trouxeram em alto relevo a imagem de deuses, figuras mitológicas, imagens de familiares mortos. Ele era usado como adorno em joias como anéis e broches e também em pingentes ou em acessórios em geral.

Ele servia como memória, afinal, através do talhamento da joia a figura de personalidades se tornavam imortais naquela representação. Eles representavam membros do reinado de diferentes períodos, imortalizados e endeusados em uma imagem projetada na pedra.

A rainha Vitória é uma das responsáveis por popularizar o uso do camafeu com conotação fashion. Ela era grande apreciadora da beleza dessas peças, a rainha ditou essa tendência de moda para as mulheres contemporâneas à ela. Então, as senhoras passavam a usar o acessório no cabelo, nas golas dos vestidos, em pingentes e também os homens usavam o camafeu em anéis.

Até hoje essa joia romântica, clássica e com ar familiar habita o mundo da moda. Agora ela pode ser incorporada até em looks street style, dando aquele toque retrô que deixa a composição muito especial. Ela pode estar presentes em broches, anéis e brincos e um pequeno camafeu é suficiente para se destacar o look, devido a sua estética muito particular. Fonte: Net.


Achei o camafeu lindo demais, mas sinceramente não me lembro de ter visto algum por aqui. Se por acaso eu achasse gostaria de ter um! É antigo mas voltou a moda. E vocês? O que acham do camafeu? Já tiveram algum?

Uma boa semana!
Beijos nas bochechas!


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