terça-feira, 9 de abril de 2024

Passeio de férias


Depois de muito tempo, eu retornei ao Município de Arez/RN, terra da família de minha mãe. Lá vem história! A Igreja Matriz de São João Batista e o antigo Convento foram construídos pelos Padres Jesuítas. Considerada uma das igrejas mais antigas do Brasil, foi fundada em 1659. Esses dois prédios foram usados como sede da missão de São João Batista dos Guaraíras, lugar de catequização dos indígenas da região. A partir da expulsão da Companhia de Jesus dos territórios coloniais portugueses, em meados do século XVIII, o templo católico passou a ser a Igreja principal da paróquia, que compreende atualmente os territórios do município de Arez e Senador Georgino Avelino. O Barroco é o estilo que predomina nas duas construções. Dentro dos conjuntos arquitetônicos, o visitante encontra altares de madeira, lavabos e pia batismal de pedra sabão e imagens originais, esculpidas nas antigas oficinas jesuítas. A Santa Coluna, antigo Pelourinho, situada bem em frente da igreja, foi instalada em 1760. Sua construção ocorreu para marcar a fundação da Vila de Arez. Com a inauguração desse monumento o território deixou de ser um aldeamento e passou a possuir autonomia administrativa a nível local. O canhão da praça cívica, que não aparece na foto, como costumeiramente é chamado, é uma das peças mais antigas conservadas e que representa um pouco do passado colonial de Arez. Ele foi uma das armas usadas pelos holandeses para compor o forte da Ilha do Flamengo, entre 1634 e 1652.     


No mapa, a lagoa e a ilha, perto da estrada entre Arez e Sen.Georgino Avelino.

       Há uma lenda na cidade que, na década de 1950, depois de umas escavações na Ilha em busca do ouro deixado pelos holandeses, dois canhões foram encontrados, sendo um deles o que permanece na praça até hoje, o outro desapareceu. Outra lenda contada pelos seus moradores mais antigos, fala da existência de um túnel subterrâneo de cinco quilômetros, construído pelos holandeses. O mesmo começa da Igreja e vai até a Ilha do flamengo, localizada na lagoa de Guaraíras. O tal túnel foi construído para facilitar a fuga dos holandeses dos frequentes ataques dos Portugueses.


A Lagoa de Guaraíras é um braço de água que tem 12 quilômetros de extensão. Sua biodiversidade é de uma riqueza extraordinária. A vegetação é predominantemente de manguezais. Diversos tipos de peixes, crustáceos e moluscos são encontrados em seu território, fazendo com que a atividade pesqueira seja intensa entre a população local. Desde o início do século XVII, os portugueses e holandeses já relatavam e desenhavam em seus mapas a lagoa de Guaraíras e sua importância para os povos indígenas da localidade.


A Ilha do Flamengo é um belo atrativo turístico natural de Arez, localizada na Lagoa de Guaraíras, no distrito de Cercado Grande, cerca de 4 km do centro da cidade. Ela mede 25.000 metros quadrados de terra. Além da enorme beleza natural, a ilha é um lugar de interesse histórico, tanto para Arez, quanto para o Brasil e para a Holanda. Possui este nome devido ao fato dos holandeses terem morado, onde hoje é o Município de Arez, entre 1634 e 1652, e terem construído nessa ilha um Fortim. Nela houve, pelo menos, na luta por domínio do local, quatro batalhas importantes entre Portugueses e Holandeses.

Na ilha ainda é possível ver os fragmentos do forte deixado pelos holandeses, no século XVII; e também um monumento em memória da batalha entre Portugueses, Indígenas e Holandeses, construído, em meados do século XX, a pedido do maior Historiador norte-riograndense, Câmara Cascudo. (Fonte: Site da Prefeitura de Arez)


Nesta foto é possível ver, depois da vegetação e da lagoa, as dunas e uma pontinha do mar, lá no outro lado, é a praia de Malembar. Foto tirada no Mirante Santo Antônio Achado (EcoParque Guaraíras).


Esta imagem de Santo Antônio fica ao lado da estrada, onde há uma ponte de madeira por sôbre a mesma, escadas e um mirante. E pra completar, abaixo, a foto da casa dos meus avós maternos que atualmente está fechada. 


Nossa...tenho muitas lembranças daí, quando a gente ia visitar nossos avós, tias e primos.

Este foi um dos passeios das férias, que ainda não terminou, graças a Deus!

Beijos nas bochechas! 

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