Esta é a casa da viúva Machado que hoje pertence aos seus herdeiros. A foto é minha, achei a casa linda demais e muito bem preservada. Fica no bairro da Cidade Alta numa rua paralela ao rio Potengí. Eu não sabia desta história, mas achei muito interessante quando soube, me impressionou muito a história desta viúva. Tomei conhecimento pela InterTV cabugí, uma rede de televisão aqui do estado, que relembrou vários personagens que marcaram época aqui em Natal-RN.
"Esta casa foi construída em 1910 por Jorge Maranhão, irmão de Alberto Maranhão, que foi duas vezes governador do RN, usando os melhores materiais de construção, até mesmo obras de arte europeias. Em estilo Art Decó, tem como suas principais características as falsas colunas e a falsa varanda. Este prédio, especificamente, utiliza bandeiras tanto em forma de arcos quanto quadradas. Era a única casa em Natal que possuía abrigo antiaéreo. Em 1920 foi vendida a Manuel Machado, comerciante português que veio a falecer em 1934. A Casa Machado era uma das principais lojas da cidade, tornando seu dono o homem mais rico de Natal nos princípios do século XX. Lá vendia-se gêneros alimentícios como farinha de trigo e de mandioca, açúcar e sal, além de verduras, frutas e conservas. Na loja também era possível encontrar bebidas nacionais, como a cachaça, mas também importadas como o vinho português. Ele também importava material de construção como madeira, inclusive cedro (trazido da Ásia)."
" Manoel era dono de muitas terras. Incentivador da aviação, doou terras para a construção do primeiro campo de pouso de aviões da cidade, em Parnamirim, importante durante a participação de Natal na Segunda Guerra Mundial. Sua esposa, Amélia Duarte Machado, conhecida como Viúva Machado (1881-1981), herdou tudo. Amélia era uma mulher extraordinária, além do seu tempo, que comandou muito bem os negócios do marido. Mas, em razão disso, e por ser mulher, não foi bem compreendida. Mulher, viúva e empreendedora, era uma ameaça à sociedade machista da época. Não demorou muito e surgiram lendas maldosas e inverídicas."
"Acusaram-na de ter feito um “pacto com o cão” para ficar rica e agora não podia sair de casa porque o tinhoso viera cobrar, roubando-lhe a beleza e deixando-lhe deformada. Diziam que ela possuía uma doença que fazia com que suas orelhas continuassem crescendo. Outra maldade: seu casamento não gerara filhos. A senhora Machado, no entanto, adorava crianças e se cercava com os filhos dos poucos amigos e dos parentes, convidando-os para a sua casa e servindo-lhes bolos e doces. Não demorou muito para que se espalhasse um novo boato: a viúva comia o fígado das crianças para permanecer viva. Ela chegou a ser agredida verbalmente numa das poucas vezes que saiu de casa. Gritaram-lhe: “Lá vem a papa-figo!”. Ela ficou profundamente magoada, o que não impediu que sua imagem passasse a fazer parte do folclore da cidade, fazendo parte das ameaças das mães as crianças desobedientes (se você não comer tudo, vou te dar pra Viúva Machado pr’ela comer seu figo!). Amélia se isolou ainda mais, tornando-se ainda mais reclusa, até sua morte em 1981." (Fonte Net)
Eu soube que o medo era tão grande que as pessoas evitavam passar perto da casa. Imagino muito bem o que ela sentia. Até onde vai a maldade humana? Mas ela não desistiu, os parentes que ela confiava passaram a gerir os negócios sob seu comando. Senti uma profunda consternação com a história dela. Atualmente fizeram uma retratação pública da verdadeira Senhora Amélia Machado. Pelo menos isso. Que história!
Um abraço! Beijos nas bochechas!
Boa noite de Paz, querida amiga Ane!
ResponderExcluirAqui próximo, tinha um armazém do outro século que só agora foi aberto como restaurante rústico.
Gosto de patrimônios em vários seguimentos.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos fraternos
Me dio pena la mujer pero gusto conocer su historia y la de la casa. Te mando un beso.
ResponderExcluirSuch an interesting history! Thanks so much!
ResponderExcluirSuch an interesting post. Thank you. All the best to the rest of the week.
ResponderExcluirLinda a foto da casa e essa história!
ResponderExcluirE as pessoas têm medos...No caso, quem não os teria? rs... beijos, tudo de bom,chica
It is a lovely house :-D
ResponderExcluirWhat a fascinating and poignant story! The house of Viúva Machado holds such historical significance, and the tale of Amélia Duarte Machado is one of strength and resilience amidst hardship. The rumors and legends that surrounded her, stemming from a deeply sexist society, reflect the cruel and often unjust treatment women in power have faced throughout history. It’s deeply tragic that her kindness toward children was misinterpreted and twisted into something sinister. Her legacy and the story of her life live on, continuing to captivate and intrigue.
ResponderExcluirWishing you a peaceful weekend! Feel free to check out my latest post.
História incrível. Gostei de acompanhar.
ResponderExcluirBoa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia
Olá, Ane, tudo bem?
ResponderExcluirRelato muito interessante, não conhecia essas personalidades natalenses. Eu tenho uma ligação forte com Natal, já que minha mãe e toda sua família eram das Rocas, e seu pai, meu avô, Eduardo Medeiros, foi um músico, compositor e maestro muito estimado na cidade. Ele compôs a música para o poema A Serenata do Pescador, do poeta Othoniel Menezes, que ficou conhecida em Natal como "Praieras" e que foi gravada por vários cantores e cantoras potiguares.
Um abraço.
Interesting -Christine cmlk79.blogspot.com
ResponderExcluirUma bela casa e com História.
ResponderExcluirGostei de saber tudo o que conta, e não é pouco.
Boa semana.
beijo.
Ane sempre há histórias, lendas pra deixar as pessoas com medo, boa semana bjs.
ResponderExcluirIncrível, mas há muitas histórias parecidas de pessoas que se tornaram bruxas...
ResponderExcluirGostei de ler, Ane. Boa semana.
Beijocas
~~~~
Uma bonita casa, com uma grande história!
ResponderExcluirBjxxx
Teresa Isabel Silva
Instagram | Pinterest | Linkedint
Boa tarde de terça-feira Ane. História interessante. Diamantina é maravilhosa e fui a segunda vez. Meu sonho é conhecer os distritos e as cachoeiras maravilhosas. Outro sonho: conhecer o Forte dos Reis Magos, grande parte de Natal, da praia, História, artesanato e o maior cajueiro do mundo, na região metropolitana de Natal. Grande abraço carioca.
ResponderExcluirGostei. Essas histórias são mesmo interessantes.
ResponderExcluirUm abraço. Tudo de bom.
APON NA ARTE DA VIDA 💗 Textos para sentir e pensar & Nossos Vídeos no Youtube.
Bom dia, Ane
ResponderExcluirLinda casa, obrigada por compartilhar essa história. É uma pena Amélia Duarte não ter sido bem compreendida, acredito que os boatos são frutos de corações invejosos, bjs querida.
A maldade humana pode ser terrível e destruir tudo e todos.
ResponderExcluirPobre Amélia, como deve ter sofrido.
Beijos
Oi Ane Vim de deixar um abraço. E lendo essa triste e comovente história real né. O que a maldade alheia não faz. Pura inveja. Destroem vidas. Pois por certo a viúva machado nem pode viver uma vida sossegada e até trabalhar para dar.continuidade ao legado do marido. Lamentável. Fizeram retratação pena que tarde demais. Bjs querida
ResponderExcluirPobre Amélia!
ResponderExcluirQue história, hein?
Interessante ler.
Lindo fim de semana, Ane
Beijinhos
Verena.
Bonita casa. Obrigada pela partilha!
ResponderExcluirIsabel Sá
Brilhos da Moda
Olá querida Ane!
ResponderExcluirQue história fascinante e ao mesmo tempo triste. É comovente perceber como as lendas e boatos podem isolar uma pessoa, apagando a sua humanidade e os seus méritos. Um relato que nos faz refletir sobre o impacto das nossas palavras e ações.
Gostei muito de conhecer!
Abraços! 🤗
very interesting story
ResponderExcluirAnne,
ResponderExcluirEstou passando aqui hoje
para ler sua matéria que
muito me deixa impressionada.
Mas também deixo
meu desejo que
tenha um
Ótimo fim de semana aí.
Bjins
entre sonhos e delírios
CatiahôAlc.
Oi Ane, estou de volta aos trabalhos no blog e a visitar blogs amigos!
ResponderExcluirAdorei conhecer esta história, como as pessoas podem ser más, ainda bem que foi feito um reparo público da senhora!
A casa é muito bonita!
Bom domingo!